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Série: Dicas para sua primeira viagem internacional | Planejando sua viagem (Parte 1 de 2)

Esse é o primeiro de uma série de 02 posts com dicas bem úteis para ajudar com sua primeira viagem internacional.

Para ver o segundo post da série, clique aqui!

Definindo o destino
Como já dissemos: a viagem começa muito antes do embarque, na paixão pela ideia de fazer as malas e partir. No sentimento antecipado e na angústia do relógio. Decidir seu destino principal é o primeiro passo. Apaixonar-se por ele e ter consigo a certeza de que é pra lá que quer ir, fará, inclusive, o esforço do planejamento e de juntar dinheiro muito menos penoso. Se esse destino caberá em seu orçamento é uma pergunta importante, mas que só pode ser respondida depois. Não se antecipe.
 

Definindo o estilo da viagem
Já sabe pra onde quer ir? Ótimo. Agora é hora de imaginar as diversas maneiras de como essa viagem pode acontecer. Ela pode variar de ultraeconômica àquela mais confortável. Aqui é importante se conhecer e conhecer seus acompanhantes. Que tipo de perrengues  você ou vocês conseguem suportar? Quartos compartilhados de hostels são uma opção? Quartos exclusivos, mas com banheiro compartilhado, talvez? Longas caminhadas? Mala de rodinha ou mochilão? O hotel precisa ter café da manhã ou uma besteirinha pela rua já vai bastar? Rola trocar o almoço por um sanduíche no parque? E as compras na volta pra casa, vai precisar trazer lembrancinhas pra turma toda?

É essencial não errar na escolha do estilo de sua viagem, para que você não faça um planejamento que a tornará ou desagradável e desgastante ou cara demais e inacessível. É comum a empolgação de acharmos que somos heróis da resistência e subestimar a necessidade de uma acomodação mais confortável, de uma comida quentinha de vez em quando e de pegar o taxi ao fim de um longo dia. Tenha cuidado, principalmente se você estiver acompanhado de pessoas mais velhas e crianças. Se assegure do perfil do(s) viajante(s) para as decisões que terá de tomar nos próximos passos de seu planejamento. Todo esforço pra economizar, claro, é válido. Nas pequenas coisas se economiza muito, muito mesmo. Mas não pode errar. Nem pra mais e nem pra menos.
 

Definindo a base do roteiro
Agora, com o destino principal escolhido e o perfil da viagem e viajantes claro, vamos desenhar o roteiro todo. Vamos imaginar que você escolheu ir pra Londres. Como definir a duração dessa viagem, vai depender de tudo o que você vai querer fazer e ver por lá e se todas essas coisas e dias vão caber no seu bolso. Mas, sem precipitações. Primeiro desenhe sua viagem perfeita, em ordem de prioridade.
Por exemplo:
Quero visitar: Palácio de Buckingham, London Eye, London Tower, Hyde Park, Museu Britânico, Palácio de Westminster etc;
Quero experimentar: Curtir a noite em um pub tradicional, ir a um jogo de futebol, comer fish and chips, ir a um teatro no West End, andar em um ônibus de 2 andares, conhecer os estúdios de Harry Potter etc.

Depois dessa lista de desejos, você precisa pesquisar sobre cada um deles, para saber quanto custam os ingressos, onde estão localizados e como fazer para chegar lá, além do tempo necessário para curtir e conhecer o que você listou. Por exemplo: um passeio pela Lodon Tower vai tomar ao menos metade do seu dia e o ideal seria optar por passar o resto dele conhecendo as atrações mais próximas dali. Assim por diante, você será capaz de ir imaginando os dias de seu roteiro, um a um. O Google Maps, os sites oficiais das atrações, blogs de viagens e conversar com quem já foi são seus aliados aqui. Dia a dia, atração por atração, você já começa a ter noção de quanto tempo de viagem seria necessário para seu roteio ideal.

O orçamento

Com o roteiro ideal, você deve começar a planilhar os custos. Comece com os principais:
– Passagem aérea (da qual falaremos a seguir);
– Hospedagem (também a seguir);
– Alimentação (pesquise, converse com o pessoal nos blogs e faça uma estimativa diária de custo com alimentação);
– Locomoção (também a seguir)

Depois, passe a inserir em sua planilha os demais custos:
– Atrações (em nosso exemplo: ingresso da London Tower, Harry Potter, jogo de futebol etc)
– Preparativos (custo com passaporte – caso ainda não tenha um, vistos necessários, roupas adequadas – caso seja um local de muito frio, compra de acessórios e outros equipamentos – como máquina fotográfica ou botas de trekking)
– Compras durante a viagem (presentes, lembranças, equipamentos para sua casa, pessoais ou trabalho etc)

Agora some tudo e comece a perceber se está dentro do que você gostaria. Se não estiver, há de ser feita uma revisão no roteiro ou perfil da viagem. Ou ainda nos dois. Você pode enxugar os dias e atrações. Você pode tentar economizar na hospedagem com a escolha de hotéis mais simples ou ainda hostels com quarto e banheiro compartilhados, além de uma cozinha para que você faça suas próprias refeições.  Apenas não desista do sonho de sua viagem. Revise e revise seu roteiro e planejamento que você vai conseguir viabilizar, mesmo que seja necessário esperar um pouquinho mais de tempo para fazê-la!
 

Passagens aéreas
Esse é um tópico que gera muita especulação, mas não há magia. Você pode conseguir um belo preço através de uma promoção e quanto a isso vale ficar de olho sempre! Fora situações especiais, cabe pesquisar e pesquisar a melhor passagem nos diversos sites de busca e também diretamente com as companhias aéreas. Comprar passagem com antecedência é uma boa. As datas ficam logo definidas e você pode desenrolar outras questões, como hospedagem, além de conseguir parcelar e já ir pagando este custo antecipadamente. Os preços das passagens também são um pouco melhores com vários meses de antecipação do que já mais próximo da viagem. É verdade, porém, que muitas promoções malucas surgem bem em cima da hora, para aquelas poltronas ainda não vendidas, já quase às vésperas do embarque. Mas nós somos do time que prefere garantir os descontos com antecipação e então poder programar a viagem como um todo. Afinal, um bom roteiro também gera grandes economias e evita transtornos.

Além disso, atenção ao buscar economizar comprando uma passagem ruim e acabar perdendo por outro lado. Passagens com muitas conexões, com tempos absurdos de espera em aeroportos e aquelas que te desembarcam em aeroportos muito longe de seu destino normalmente não compensam. Passagem boa é aquela comprada por um preço justo e que te leva mais rápido, mais fácil e mais próximo de seu local de interesse.

Você acumula milhas ou participa de programas de fidelidade cuja pontuação pode ser usada na compra de passagens? Isso é assunto pra outro post, mas vale lembrar que se você nunca se interessou pelo tema, vá correndo pesquisar sobre.

Outra dica é pesquisar a passagem em dias e horários diferentes. As vezes se você decide sair em uma segunda-feira a noite fica mais barato do que num sábado de manhã, por exemplo. Vale a pena fazer várias simulações para checar a diferença de preços.
 

Hospedagem
A hospedagem ideal vai lhe acomodar bem, com um preço que cabe no seu orçamento e te mantenha próximo a locais estratégicos, como estações de metro. Diferentes estilos de viagem pedem diferentes estilos de hospedagem. Na Islândia, por exemplo, é bem ok o aluguel de uma van que, além de lhe servir para a roadtrip, lhe serve de casa pelos dias de viagem. Roteiros de natureza, como em Torres del Paine, no Chile, podem ser experimentados com o uso dos diversos pontos de acampamento ao longo das trilhas do parque. Em Nova York, a oferta de hotéis é bem grande, sendo os mais baratos um pouco afastados das principais localidades, mas, o metro compensa isso muito fácil. Já em Los Angeles, um hotel afastado pode ser um problema, exceto se você estiver com um carro alugado. Na Europa a rede de hostels é maravilhosa e por ai vai. Tudo isso sem citar o Airbnb.

Ou seja, a oferta costuma ser enorme, especialmente para destinos consagrados. Analise o perfil de sua viagem e pesquise sem preguiça pela acomodação ideal. Nunca se esqueça de levar em conta a localização dela. De nada adianta um hotel legal e baratinho, mas completamente afastado de tudo. Sobre os hostels, não se assuste. A experiência de compartilhar um quarto com pessoas desconhecidas é quase sempre agradável. Vale buscar pelos relatos dos usuários e verificar como eles avaliaram cada local – não se deixe enganar pelas fotos oficiais.
 

Locomoção
Esse item pode ser o vilão de seu orçamento e planejamento. Como ir e vir, quanto tempo leva e quanto custa, são perguntas que devem estar respondidas para cada ponto de sua lista de desejos. Você desembarcou no aeroporto de Madri, primeira cidade de seu itinerário. Como você vai ir até seu hotel? Está na região central de Berlin e quer fazer um dia de museus. Como chegar até eles? Está no centro de Roma, tomou seu café da manhã e programou o resto do dia pelo Vaticano. Dá pra ir a pé? Você está no Peru, fazendo um roteiro bem baratinho e não analisou antecipadamente como ir a Machu Picchu e vai descobrir somente no dia da compra das passagens de trem que eles são ridiculamente caros. Se você deixar pra responder perguntas desse tipo apenas na hora de ir, provavelmente você vai ter de gastar mais – as vezes muito mais – apelando para o taxi ou Uber. Todo o ir e vir da viagem deve ser pensado previamente e mesmo as distâncias que podem ser cobridas a pé valem ser checadas com o Google Maps, só pra garantir.

O que achou dessas primeiras dicas? Pronto para planejar a sua primeira viagem? Depois desses primeiros passos bem pensados, está na hora de preparar a documentação e prestar atenção às dicas para o aeroporto, no próximo post 🙂

1 Comment

  1. Nova York - roteiro completo - 10 dias - Aondes

    22 de março de 2019 at 20:42

    […] *Falamos um pouco mais sobre os como levar dinheiro em viagens neste post* […]

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