Torres del Paine – A maravilha no extremo sul da Patagônia
No extremo sul da Patagônia Chilena está o Parque Nacional Torres del Paine, eleito entre 330 destinos de 50 países como a 8ª Maravilha do Mundo. Em um concurso com mais de 5 milhões de votos, promovido pelo site VirtualTourist.com, viajantes do mundo todo apontaram Torres del Paine, na região de Magalhães, no sul do Chile, como o destino mais impressionante do planeta.
A gente esteve em Torres del Painel em Dezembro de 2013, em nossa primeira viagem internacional juntos e voltamos de lá com a sensação de que há justiça nesse título: o parque é impressionante e magnífico. Infelizmente, em 2013 não tínhamos a ideia de montar esse blog e fizemos algumas fotos com celulares bastante simples. Mas tudo bem, sobrou mais tempo para viver cada sensação e vamos contar um pouco, agora! (além disso, sobram imagens profissionais pelo Google 🙂
Chegamos ao sul da Patagônia em um voo de Santiago a Punta Arenas, de onde seguimos de ônibus para Puerto Natales. Nos hospedamos por lá em um simpático hostel, que nos serviu de base para conhecer o parque, além de outras incríveis experiências, sobre as quais contaremos outra hora. Puerto Natales fica a pouco mais de 100km de Torres del Paine, então é possível conhecer o parque em um esquema bate e volta, de ônibus (nossa escolha) ou carro. Há ainda diversas opções de hospedagem dentro do parque, entre hotéis e campings. O parque é destino de muitos mochileiros atraídos por suas trilhas de trekking, com destaque para o desafiador Circuito W – um percurso de 70km, de duração de 3 a 4 dias, com caminhadas médias diárias de 25km. Se você for um aventureiro com alguma experiência e muita disposição, essa é definitivamente uma maneira incrível de conhecer o parque. Mas não era o nosso caso na época.
Saímos de Puerto Natales em um pequeno ônibus com guia, passeio que pode ser reservado facilmente na recepção de sua hospedagem. O caminho até o parque é belíssimo e na medida em que se aproxima dele, a Patagônia que já era impressionante desde Punta Arenas cresce em esplendor, acelera seus ventos e te faz pequenininho.
No caminho, fizemos um desvio para conhecer a caverna do Milodón, onde encontrou-se um fóssil completo, de mais de 12 mil anos, causando alvoroço entre arqueólogos e paleontólogos. A caverna possui 200m de profundidade e 30m de altura e em sua entrada há uma réplica em tamanho real desse espécime gigantesco e milenar.
hegamos ao parque pela portaria Laguna Amarga. Antes dela, paramos às margens do lago Sarmiento. Era difícil ficar em pé por conta do vento, que atinge facilmente os 120km/h no interior do parque. O lago é enorme e acima, os emblemáticos condores faziam seu voo.
Na sequência, margeamos o impronunciável lago Nordenskjöld, já com a visão dos maravilhosos Cuernos del Paine, parte da cordilheira Paine que ergue-se 2.500 metros acima do lago.
Adiante, a cachoeira do Salto Grande impressiona com o volume e força de suas águas, que fluem em direção ao Lago Pehoé e se originam do lago Nordenskjöl, que por sua vez surge das águas do rio Paine, nascido do degelo do Glaciar Dickson. As águas do Salto Grande, bem como do Lago Pehoé um pouco adiante, tem uma coloração azul inacreditável.
O Salto Grande e o lago Pehoé com sua coloração hipnotizante, além dos Cuernos del Paine ao fundo, pareciam já ser o bastante pra satisfazer o mais exigente mochileiro. Porém ainda tínhamos tempo e seguiríamos vários quilômetros em direção ao Lago Grey e seus enormes icebergs, desprendidos do Glaciar Grey que estava bem ao longe, mas ainda assim muito imponente. É possível, com clima bom, alugar um catamarã ou ainda um caiaque e navegar até bem próximo dos imensos paredões de gelo do glaciar. Nos contentamos em ficar a beira do lago, ainda com a visão dos Cuernos. Incrível.
Nosso passeio durou um dia inteiro. Para o almoço, fizemos uma parada em um dos restaurantes do parque, que também era um hotel. Eles nos disseram que poderíamos levar nossos lanchinhos e fazer um piquenique embaixo das árvores, se quiséssemos outra opção para o almoço. Foi o que fizemos.
A experiência do passeio com o ônibus teve dois lados: Achamos rápidas as paradas nos pontos mais importantes, para que pudéssemos apreciar a vista e tirar fotos. Porém, o parque é muito grande e o tempo deu certinho para que pudéssemos conhecer todos estes locais. Se quiser mais tempo nestas paisagens de arrancar o seu fôlego, pensamos que o ideal seria permanecer no parque por mais uma ou duas noites, fazendo os trekkings ou até mesmo, alugando um carro. Por outro lado, mesmo indo no verão é uma época de ventos muito fortes. Quando descíamos do ônibus para irmos aos mirantes e tirar as fotos, mal conseguíamos nos manter em pé (as rajadas podem te arrastar, sem brincadeira!), o vento doía no rosto e o frio era intenso. Lembro que saímos com a sensação que fizemos a escolha certa em estarmos de ônibus, fazendo pequenas paradas.
Mesmo com muita vontade de ficar mais tempo apreciando o local, você não sai de lá com a sensação de que não valeu a pena. Muito pelo contrário! Todo o caminho pelo parque é arrebatador e quando você volta para o ônibus se protegendo do vento, é demais! Rs.
Torres del Paine foi fundado como parque ao final da década de 50 e é declarado patrimônio mundial pela UNESCO, tendo uma área de aproximadamente 242 mil hectares. A montanhosa Del Paine, com as famosíssimas Torres del Paine (que infelizmente não fomos capazes de ver devido às nuvens) impressiona por suas montanhas nevadas, lagos com icebergs e rios com cores inacreditáveis, cachoeiras belíssimas, cascatas e glaciares imponentes, além da vida selvagem, sendo lar dos maravilhosos pumas.
É com certeza um destino para o qual voltar.
2 Comments
Deserto do Atacama, Chile - Roteiro completo de 4 dias - Aondes
4 de abril de 2019 at 18:33[…] Hoje vamos contar um pouquinho sobre nosso roteiro para o Deserto do Atacama. Fomos no final de 2013 e ficamos 18 dias no Chile, passando pelos dois extremos do país: o deserto, ao norte e a Patagônia, ao sul (contamos um dos passeios que fizemos pela Patagônia Chilena aqui). […]
Nossos lugares preferidos em Montevideo, no Uruguai. - Aondes
13 de agosto de 2019 at 18:38[…] do Le juntos foi para o Chile, em 2013 (temos post do Deserto do Atacama aqui e de Torres del Paine aqui). Ficamos tão estupefatos de como esta experiência nos enriqueceu que decidimos que nossa meta de […]